A pugilista baiana Adriana Araújo, de 37 anos, nascida e criada em Salvador, foi a primeira brasileira a vencer uma luta de boxe feminino em Olimpíadas e a primeira mulher a obter medalha olímpica no boxe, levando um bronze nos jogos de Londres, em 2012. No entanto, tal feito não foi suficiente para Adriana ter uma vida financeira digna de sua carreira, e ela teve que atuar como motorista de aplicativo até o ano passado, para complementar a renda e permanecer no esporte.
“A principal dificuldade que enfrento é a financeira. A crise em relação ao esporte existe há anos e infelizmente o Brasil sempre teve essa dificuldade de apoiar os atletas. Muita vezes, temos que buscar auxílio fora do estado ou do país, é lamentável”, afirmou a pugilista.
Batalhando dia após dia e sem parar de treinar, Adriana conseguiu dar a volta por cima e retomar com tudo sua carreira no Boxe, que é a principal paixão de sua vida.
“Deixei de rodar Uber desde o ano passado, quando a Bahia Gás junto com projeto do Governo chamado “Faz Atleta” passaram a me apoiar me dando o suporte necessário, fazendo com que eu largasse o serviço de Uber. Estou treinando forte e indo em busca dos meus objetos, que sempre serão a vitória”, vislumbrou Adriana.
Pronta para a próxima luta
Com luta marcada para o dia 31 de março deste ano, contra a pernambucana Elaine Albuquerque, pela quinta edição do Boxe For You, que acontecerá em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, Adriana só pensa na vitória para subir de ranking e conseguir um acesso para disputar o Mundial.
“Agora estou no Boxe Profissional. Graças a Deus já tenho uma luta marcada contra a boxeadora Elaine Albuquerque no dia 31 de março, na quinta edição do Boxe For You, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Estamos em uma preparação intensa. Já lutei contra ela e ganhei por nocaute. Eu ganhando essa luta, eu subo no ranking e fico mais perto de poder disputar um Mundial”, enfatizou.
*Gabriel Conceição