A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou no dia 12 de agosto o Perfil de Comércio e Investimentos Índia, destacando as crescentes oportunidades comerciais entre Brasil e Índia, e revelando novos caminhos para o fortalecimento das relações econômicas bilaterais.
Com uma população de 1,4 bilhão de pessoas e a quinta maior economia do mundo, a Índia tem se consolidado como um dos principais destinos para as exportações brasileiras. Entre 2003 e 2023, o país asiático avançou de 26º para 13º maior destino das exportações do Brasil, refletindo um crescimento médio anual das exportações para a Índia de 14,3% superior ao crescimento das exportações brasileiras para o mundo, de 11,3% no mesmo período.
Em 2023, as exportações brasileiras para a Índia chegaram a US$ 4,7 bilhões, com destaque para as vendas de gorduras e óleos vegetais, açúcares e melaços e óleos brutos. Existe, no entanto, o desafio de diversificar a pauta exportadora brasileira, já que os três principais produtos correspondem a 66,8% das exportações.
O estudo da ApexBrasil aponta 387 oportunidades comerciais para produtos brasileiros no mercado indiano. Essas oportunidades abrangem setores estratégicos, como combustíveis minerais, matérias-primas, máquinas e equipamentos de transporte, produtos químicos, artigos manufaturados e alimentos.
Além disso, a ApexBrasil está à frente de nove projetos setoriais focados na Índia, nos setores de alimentos e bebidas, casa e construção, moda e saúde, os quais visam diversificar e aumentar a presença brasileira no mercado indiano.
ACESSO AO MERCADO INDIANO – Menos conhecido, o Acordo de Comércio Preferencial (ACP) entre o Mercosul e Índia entrou em vigor em 2009, com desgravação imediata. Embora exista espaço para sua ampliação, o Acordo abrange, do lado da Índia, 450 linhas, com margem de preferências de 10% (93 itens), 20% (336 itens) e 100% (31 itens). Já pelo lado do Mercosul, o Acordo cobre 452 linhas tarifárias, com margens de preferências de 10% (394 itens), 20% (45 itens) e 100% (13 itens).
Ainda sobre acesso ao mercado, o Perfil destaca e que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) notificou a abertura recente do mercado indiano para uma série de produtos brasileiros: suco de açaí, açaí em pó, frutos de abacate, pescado de cultivo e pescado de captura. Saiba mais na publicação.
INVESTIMENTOS – No campo dos investimentos, o estudo revela que o estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) da Índia no Brasil atingiu US$ 3 bilhões em 2022, o maior valor registrado na série histórica. Apesar desse crescimento, o Brasil ainda não é um dos principais destinos de investimentos indianos, mas o aumento continuado indica um potencial significativo para os próximos anos.
O crescimento da Índia como potência econômica global, aliado às estratégias de promoção e abertura de mercado lideradas pela ApexBrasil, destaca um futuro promissor para o fortalecimento das relações comerciais e de investimentos entre Brasil e Índia.
Para ter acesso a todas essas informações em detalhe, baixe o estudo nesse link.
*Foto: Ricardo Stuckert/ PR
*Colaboradores: ApexBrasil