Casos de catapora sobem com início da primavera; veja como se proteger


A catapora se manifesta por meio de manchas avermelhadas na pele que evoluem para bolhas pelo corpo. Pode causar também mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre. Quando acomete um adulto, tem potencial mais grave e taxa de letalidade de 15 a 40 vezes maior que a verificada em crianças saudáveis, de acordo com o Centro de Informação em Saúde para Viajantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Na Bahia, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) emitiu um alerta para o aumento dos casos da doença. De acordo com o órgão, desde o início do ano até o dia 12 de agosto, foram notificados 443 casos de varicela, com coeficiente de incidência de 3,0 casos por 100 mil habitantes no estado. O público com maior incidência foi crianças menores de 1 ano (16,19 casos/100 mil hab.), seguido da faixa de 1 a 4 anos (8,69 casos/100 mil hab.)

Para ajudar a prevenir o crescimento desses casos, o infectologista recomenda a vacina contra a varicela que está disponível nas redes pública e privada. O esquema de vacinação é feito em duas doses no intervalo de três meses. “O imunizante está indicado para as pessoas imunocompetentes suscetíveis e deve ser aplicada até 5 dias após o contato com o caso suspeito ou confirmado de varicela. Além disso, a imunoglobulina humana antivaricela-zoster (IGHAVZ) está indicada para as crianças menores de 9 meses, gestantes suscetíveis e imunocomprometidos, devendo ser administrada até 4 dias depois do contato com o caso suspeito ou confirmado de varicela”, informa.

Bastos acrescenta que a imunização contra a catapora deve acontecer mesmo sem período de surto da doença, com recomendação da primeira dose a partir dos 12 meses de idade e, a segunda dose, três meses depois.  O imunizante apresenta eficiência acima de 90%.

Herpes-zoster  

Também associado ao vírus da catapora, o herpes zoster, conhecido como “cobreiro”, acontece com a reativação do vírus da Varicela-Zoster, que permanece latente no corpo durante os anos. Sua principal complicação é a neuropatia pós-herpética, responsável pela dor crônica, duradoura, de difícil controle e muito debilitante. Geralmente, o vírus reaparece em episódios de imunidade baixa ou estresse. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum após os 50 anos.

Aprovada nos Estados Unidos e autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o imunizante contra a herpes zoster, chamada de Shingrix, tem eficácia de 97%. É administrada em duas doses, com o intervalo de dois meses. A vacina é indicada para indivíduos a partir de 50 anos (quando a imunidade começa a enfraquecer de forma natural), sobretudo aqueles que tiveram contato com o vírus Varicela-Zoster no passado, e também para pessoas com mais de 18 anos que possuem algum tipo de imunossupressão – pessoas que tiveram alguma infecção viral (como Covid-19); portadoras de comorbidades (HIV, esclerose múltipla, lúpus, câncer, diabetes etc.); ou que vão se submeter a transplantes de medula óssea ou outros órgãos.

 

 

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*Da Redação / A Tarde





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