EXTREMO SUL DA BAHIA E O ESPIRITO SANTO LIDERAM A PRODUÇÃO DE MAMÃO NO PAÍS
Com 45% da produção brasileira de mamão, a Bahia é o maior produtor da fruta no país e o segundo maior exportador. O estado é seguido pelo Espírito Santo, que detém 32% da produção.
O extremo sul da Bahia é onde mais se produz. O mamão é encontrado em nove municípios da região, com destaque para os tipos sunrise solo (havaí), golden e, em menor quantidade, formosa. Produz-se, também, a fruta em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, no oeste, e em Coco e São Félix do Conde, na Bacia do Rio Corrente.
Dados do IBGE, de 2012, apontam uma área colhida no estado de 11.635 hectares, 37,2% da área total do país, de 31.310 hectares. Foram produzidas aqui 683.474 toneladas das 1.517.969 toneladascolhidas no país naquele ano.
Bello Fruit é uma das maiores exportadoras de papaia
Após um intervalo de dois anos, a Bahia voltará a exportar mamão para os Estados Unidos, a partir de setembro. Uma das maiores exportadoras de papaia, a empresa Bello Fruit, localizada no Distrito de Itabatan em Mucuri, extremo sul baiano, está dobrando a área plantada, de 60 para 120 hectares, esta produção é no município de Ibirapuã, também no extremo sul da Bahia. Este montante é para atender à demanda dos americanos.
A expectativa é enviar entre 10 e 20 toneladas, por semana, para os EUA. Diretor de certificações e qualidade da Bello Fruit, Rodrigo Viana conta que as exportações para os americanos começaram em 2005, cessando em 2012 por uma opção comercial da empresa, que resolveu direcionar a venda à Europa.
Hoje, 60% das 120 mil toneladas produzidas pela Bello Fruit são exportadas, o que gera, em média, uma remuneração 30% maior.
Viana conta que, além de mais um importador, a procura interna tem crescido. Com áreas na Bahia e no Espírito Santo, a empresa vende boa parte do mamão ao Sudeste e é fornecedora de redes como o Carrefour. “A intenção é aumentar a produção para atender a essa demanda”, diz.
Fitossanidade
Com seis certificações, a Bello Fruit não terá dificuldade para garantir a qualidade do mamão exportado. Mas, para vender aos americanos, a empresa terá de provar que está livre da mosca-da-fruta, praga que não existe nos EUA.
A fiscal agropecuária da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab),
Flávia Fernandes, acredita que a mosca não será empecilho para a comercialização. “O mamão não é um hospedeiro preferencial da mosca-da-fruta”, diz. Rodrigo Viana afirma que a prevalência do inseto é baixa na região.
Mas, seguindo o trâmite, a Adab terá de monitorar a propriedade da empresa. Oito fiscais da agência foram treinados pelo Ministério da Agricultura e Agropecuária (Mapa), por meio da Superintendência Federal na Bahia (SFA-BA), no final de abril.
Armadilhas serão espalhadasna propriedade, nos próximos dois meses, e servirão para monitorar a presença de pragas. Caso a área se mostre livre, o envio da fruta, em setembro, será liberado.
Da Redação / atardeonline